Seja por questões econômicas, controle nutricional ou simplesmente para que não estrague, muitas vezes os consumidores optam pelos alimentos fracionados. Portanto, esta prática se tornou indispensável para os supermercados.
Como vai a gestão dos alimentos fracionados no seu supermercado? Há alguns anos, era muito comum as pessoas irem à mercearia para comprar a granel. Entretanto, o tempo passou, a sociedade e a produção de alimentos evoluiu e tudo mudou.
Os alimentos industrializados ganharam embalagens especiais, conservantes e o consumo aumentou, consideravelmente, no mundo. No entanto, como sabemos muito bem, a vida é um ciclo, portanto o que era tendência há alguns anos pode voltar a funcionar novamente. E é isso que está acontecendo.
A sociedade vem passando por outra mudança. As famílias estão diminuindo, as crises econômicas estão cada vez mais frequentes, a preocupação com a alimentação aumentou e o número de pessoas morando sozinhas disparou. São muitas variáveis para considerar, mas o fato é que a venda de alimentos fracionados voltou com tudo.
Seja por motivos econômicos, controle nutricional ou para evitar que eles estraguem, os consumidores estão optando pelos alimentos a granel. Segundo o site Supermercado Moderno, a soma das vendas dos setores de açougue e hortifrúti correspondem a aproximadamente 22% das vendas de um supermercado. Por isso, o cuidado deve ser redobrado nas mercadorias desses departamentos.
O que são alimentos fracionados?
São produtos que podem ser separados e comercializados individualmente. A compra fracionada é um direito garantido ao consumidor e consiste na possibilidade de adquirir produtos ou serviços individualmente, sem precisar comprar pacotes inteiros ou outros itens para poder concluir o negócio.
Prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC), a venda fracionada garante que o fornecedor não pode limitar quantidade máxima ou mínima para compra de produtos. O artigo 39 do CDC proíbe que o fornecedor de produtos e serviços adote práticas abusivas no mercado de consumo, uma vez que estas práticas violam os direitos do consumidor e causam desequilíbrio nas relações de consumo. Como, por exemplo, a oferta de produtos e serviços pelo fornecedor em quantidades mínimas ou máximas sem uma justificativa convincente.
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
I – condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos.
O produto pode ser vendido individualmente quando cada unidade contém as informações exigidas pela lei. O site queromeusdireitos.com exemplifica isso usando o pacote de papel higiênico. Nesse caso, o consumidor não tem a opção de rasgar o pacote e comprar quantos rolos de papel higiênico quiser, pois o produto unitário não tem sua própria embalagem ou rótulo. Já no caso da caixa de leite isso é possível, embora as unidades estejam agrupadas em uma única embalagem, é possível retirar o plástico e pegar as caixas separadamente. Pois cada uma delas contém as informações sobre o produto.
5 práticas de boa gestão de alimentos fracionados
Veja a seguir algumas práticas para o fracionamento de alimentos no seu supermercado:
1 – Fique atento à lei sobre o fracionamento de alimentos
Em âmbito federal, existe a RDC n.259/2002, resolução que se aplica a todo alimento embalado na ausência do cliente e pronto para ofertar ao consumidor. Ela regulamenta ações de controle sanitário na área de alimentos para a saúde da população. Também determina regulamentos técnicos para rotulagem de produtos embalados.
Além disso, cada município tem a sua própria legislação que regulamenta as boas práticas e de controle de condições sanitárias e técnicas das atividades relacionadas ao fracionamento de alimentos.
2 – Preste atenção nas recomendações no rótulo do produto
Como já falamos acima, a resolução federal prevê uma série de critérios para a rotulagem de alimentos embalados na ausência do consumidor. Segundo o Art. 6º, inciso III do CDC as embalagens devem conter: “a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem”. Cada item vendido separadamente deve ter o seu próprio rótulo com informações sobre o produto.
As regras são rígidas e preveem: denominação de venda do alimento; lista de ingredientes em ordem decrescente de proporção; identificação de origem; data de validade; identificação do lote; instruções de preparo e indicações para conservação. Além de informações nutricionais; registro; denominação da venda; marca; ingredientes; data de validade após o fracionamento ou manipulação e precauções necessárias.
3 – Cuidados com a balança
Um dos maiores problemas na pesagem de produtos está relacionado diretamente com a má operação da balança. Podem ser códigos dos itens digitados erroneamente ou a tara (peso da embalagem) que deve ser descontada, mas na hora não é.
Esses erros podem prejudicar a rotina do varejista, pois as informações captadas sobre o produto indicado pelo operador por meio do código, serão passados para outro item.
As consequências desses erros podem chegar na gestão do controle de estoque e na tributação das mercadorias, além de gerar prejuízos financeiros ao negócio, já que cada mercadoria tem um valor diferente e a informação do preço que o consumidor deve pagar é realizada durante a pesagem de produtos.
4 – Cuidado redobrado com a validade dos alimentos
É muito importante que os produtos possuam validade bem definida para que não se coloque em risco a segurança alimentar. Cada produto tem o seu próprio prazo de validade. Sendo o primário correspondente ao produto fechado e o secundário quando a mercadoria se encontra aberta.
Em relação aos alimentos fracionados, estes podem ser embalados na ausência ou presença dos consumidores. Mas, se forem embalados longe dos clientes, é necessário que conste as informações obrigatórias no rótulo ou em etiqueta complementar.
5 – Rótulos customizados para alimentos
Como citamos acima, as embalagens e rótulos precisam de muita atenção na gestão de alimentos fracionados. Sendo assim, ter equipamentos de qualidade à disposição da sua empresa pode evitar muita dor de cabeça. As impressoras ColorWorks da Epson, por exemplo, possuem vantagens como flexibilidade, agilidade e redução de custos. Além disso, elas são fáceis de manusear e a manutenção é mínima.
Fique de olho aqui no Blog da Helioprint para conferir mais dicas como essas. Até a próxima!