Fidelidade de cores pode ser um problema dentro de uma gráfica, por isso, conhecer mais sobre gerenciamento de cores é essencial. Todo designer gráfico já viu suas expectativas caindo por terra quando fez um layout, mandou imprimir e o material chegou com as cores completamente diferentes.
Já falamos um pouco aqui no blog sobre alinhar a expectativa com o cliente quando o assunto é cor. Mas esse problema não termina na frustração do designer. O cliente fica insatisfeito, a arte deve ser impressa novamente e isso acarreta em perda de dinheiro.
Obviamente, a gráfica tem muito a ver com essa questão. Além de saber passar o conhecimento sobre cores e deixar o cliente ciente das possibilidades da gráfica, há outra solução. Implantar um sistema de gerenciamento de cores pode subir e muito o nível de qualidade da impressão.
No webinar sobre gestão de cor, realizado pela Helioprint em seu Canal do YouTube, foram esclarecidas algumas dúvidas sobre a importância desse sistema. O engenheiro de produção especialista em tecnologia gráfica e palestrante, Robson Xavier, participou da conversa e explicou porque o gerenciamento de cores deve ser implantado nas gráficas.
Está muito enganado quem pensa que apenas calibrar um monitor pode resolver o problema sobre fidelidade de cores. Saber mais sobre os sistemas RGB e CMYK é fundamental para entender o que é gerenciamento de cores.
Investimento em equipamentos profissionais é a premissa para fazer a calibração das máquinas. Para esse tipo de equipamento ter efetividade ele pressupõe um padrão pré-estabelecido. Utilizar equipamentos que já venham regulados dentro da norma deixam a padronização do gerenciamento de cor mais efetiva.
Segundo Robson Xavier, quando a gráfica se adapta as normas e padrões de cores, o local só tem a ganhar. “Você só vai poupar recursos, errar e desperdiçar menos e tudo isso se reflete em rentabilidade para a gráfica”, pontua o especialista.
Todos devem contribuir para que a gráfica inicie um gerenciamento de cor. “Não existe um super-herói que vai fazer sozinho a gráfica entrar em gerenciamento de cor”, afirma o técnico gráfico Robson Xavier.
A forma mais precisa é conscientizar seus colaboradores e treinar sua equipe para haver entendimento em relação ao assunto. O fornecedor também faz parte da sua equipe e, por isso, deve estar alinhado e comprometido com o gerenciamento das cores.
Conseguir um profissional para ajudar a implantar essa mudança na gráfica é fundamental. Atualmente temos dois padrões que podem ser adotados quando o assunto é gerenciamento de cor, GRaCoL e FOGRA. Ninguém melhor que um especialista no assunto para te ajudar a escolher os melhores parâmetros técnicos.
O gerenciamento de cores controla todos os seus equipamentos e recursos do seu fluxo de trabalho. Para ganhar a fidelidade de cor, você precisa calibrar o sistema de gerenciamento de cores periodicamente. Calibrando do monitor até a máquina de impressão você consegue manter um padrão de interpretação de cores.
Um equipamento de análise muito conhecido é o espectrofotômetro. Essa máquina consegue medir padrões gráficos em alta velocidade. Por meio de um sensor, ele configura e arquiva padrões com 1500 cores.
Quem nunca ouviu a frase “o barato sai caro” é porque ainda não se arrependeu de algo que comprou. Você pode investir em um papel mais barato, uma tinta mais econômica ou qualquer outro material que no momento da compra saia mais barato. Mas o verdadeiro custo deve ser analisado durante o uso do material.
Para o especialista Robson Xavier, todos os materiais que você adota para a sua produção, tem que levar em consideração o custo em uso.
“Quando eu tenho um insumo de boa qualidade, tenho um bom custo em uso. Porque a utilização dele me dá um bom rendimento, um bom resultado, estabilidade, durabilidade e confiança”.
Na maioria dos casos, as gráficas e seus funcionários se preocupam com o preço de aquisição do produto. Mas essa visão de curto prazo, focando apenas no menor custo de compra, pode dar um problema dentro da máquina, no setor produtivo.
“É comum que quem faça a compra não tenha convívio e intimidade com os processos da produção. Então você não pode esperar que o colaborador tenha essa visão se ele não sabe e ninguém disser para ele”, afirma Robson.
Além dos nossos fornecedores, o custo em uso também é válido quando falamos com os nossos clientes. Muitas vezes o seu cliente não irá entender como e porque você investe em gerenciamento de cores. Porém, o resultado fará com que o cliente te escolha e valide o custo em uso da estabilidade dos materiais que você entrega a ele.
As perdas esporádicas são acontecimentos do dia-a-dia que faz com que você pare a produção como uma máquina quebrada, por exemplo. Pode ser uma devolução de material do cliente por insatisfação. Geralmente essas perdas esporádicas são imprevisíveis e como o nome já revela, não acontecem frequentemente.
Já as perdas crônicas não fazem tanto barulho, normalmente não incomodam a equipe da gráfica. Ao contrário, o time acaba se acostumando com essas perdas.
“Um dos maiores fatores de perda crônica são insumos ruins e um custo em uso ruim. Porque ele atrasa o seu setup, gera muitas malas e não te deixa trabalhar com velocidade plena”, conclui o técnico Robson Xavier.
As perdas crônicas são consideradas o calcanhar de Aquiles das gráficas segundo Robson. A atual situação de produção reduzida ou parada por conta da quarentena é a melhor hora de focar nesses problemas. Para o especialista, a maioria das gráficas não consegue enxergar quais são as suas perdas crônicas. Por isso, a hora para se reunir com os seus melhores profissionais e levantar todos os erros cometidos nos últimos meses é agora.
Gostou desse conteúdo? Gostaria de saber mais sobre gestão de cor com o especialista Robson Xavier?
Então acesse o canal da Helioprint no YouTube e assista o webinar completo com mais de uma hora de conversa com o técnico gráfico, Robson.