Do primeiro livro impresso até as gráficas digitais atendendo as necessidades e expectativas das empresas e respectivos mercados.
Atualmente criar algo personalizado e imprimir exatamente como o cliente quer é simples, uma maravilhas da indústria gráfica. As gráficas digitais permitem imprimir um livro, uma agenda, um adesivo ou até mesmo uma estampa de outdoor. Mas para chegar na atual situação, uma pessoa deu o primeiro passo.
Johannes Gutenberg é homenageado todos os anos no dia 24 de junho, Dia da Indústria Gráfica. A data foi escolhida por ser o dia do aniversário do criador da impressão tipográfica. Um pai de muitos filhos, Gutenberg é lembrado até hoje por ser o pai da indústria gráfica e o pai da imprensa. Sua contribuição é valorizada e sua história é contada com muito êxito.
Quem foi Johannes Gutenberg?
Quando ler e escrever era posse dos mais bem favorecidos financeiramente, Johannes Gutenberg conseguiu democratizar a informação. Há registros de que seu ano de nascimento foi 1397, ainda na Idade Média. Alemão e filho de burgueses, Gutenberg estava completando seus 20 anos quando sua classe social lutava por seus direitos. As lutas eram armadas e marcavam a disputa entre burgueses e nobres.
Para fugir do caos, Gutenberg deixou sua cidade natal e foi para Estrasburgo, cidade que na época ainda pertencia à Alemanha. Considerado um jovem culto, Gutenberg mostrava interesse pela ciência e pela arte. Mas foi nas pedras preciosas que achou uma de seus vocações, resultando no seu trabalho como joalheiro.
Os anos passaram e a profissão de joalheiro não satisfazia mais Gutenberg. Sem muitos bens e com pouco dinheiro, ele não conseguia fazer o que mais amava, que era ler e estudar. Os livros, que na época eram confeccionados a mão, eram muito caros e não cabiam no orçamento de Gutenberg.
Parece tão simples imprimir um livro atualmente. Mas no final da Idade Média, copiar um livro, ou seja, escrever mais de um exemplar era um trabalho demorado. Por isso, essa função ficava por conta dos monges que residiam em conventos. Como os livros eram copiados em latim, na maioria dos casos, os assuntos eram sobre religião.
Desapontado por não poder comprar os livros, mas convicto que sua vontade de ler era maior que isso, Gutenberg começou a estudar formas de conseguir reproduzir livros de forma mais rápida e barata. Outra questão que movia o inventor, era de que a informação que continha nos livros era acessada por poucos. Sendo que o objetivo de Gutenberg era ver qualquer pessoa alfabetizada tivesse acesso aos livros de qualquer assunto que fosse.
A criação da impressão tipográfica
Há registros de que a primeira impressão em papel seja a Diamond Sutra, um texto sagrado do Budismo. A impressão foi realizada com palavras entalhadas uma por uma, resultando em um documento de cinco metros de comprimento.
Como a impressão em papel iniciou na China, a segunda atualização da impressão também foi lá. No século XI, Pi Cheng adaptou o formato de impressão com tipos móveis reutilizáveis. Mas essa invenção não foi levada adiante e, sem muitos registros, sumiu assim como o seu inventor.
Na Europa, o processo de impressão em papel já era conhecido, assim como a sua base composta por tinta, matriz e papel. No início do século XV, esse conhecimento não era suficiente, pois faltava um equipamento que unisse os três componentes para tornar a impressão algo industrializado.
Partindo do conceito já existente de impressão, Gutenberg procurou aperfeiçoar e democratizar as técnicas já utilizadas.
A democratização da informação
Alguns registros indicam que o joalheiro teve a ideia a partir de um anel. A joia era utilizada pelos nobres como uma espécie de carimbo que continha o brasão da família com o qual selavam documentos.
O brasão era escavado em metal ou pedra preciosa e quando pressionado sobre um lacre quente, deixava o brasão em alto relevo. Observando a praticidade e conceito simples do ‘carimbo’ no anel, Gutenberg associou o método para a impressão em papel. Apenas com uma mudança, ao invés da matriz estar escavada, deveria estar em alto relevo.
Depois de vários testes, Gutenberg chegou nas letras em chumbo fundido e fabricou tintas para espalhar sobre as letras. E, a partir de uma prensa que servia para produzir vinhos, Gutenberg criou a impressão tipográfica.
Com a reprodução da informação em grande quantidade e curto espaço de tempo, Gutenberg conseguiu democratizar a informação. Resultado dessa facilidade de imprimir, surgiu a imprensa. Por isso, Gutenberg é conhecido até hoje como o pai da imprensa.
A impressão mais importante de Gutenberg
Perto de seus 50 anos, Gutenberg resolveu imprimir seu primeiro livro, financiado por um Johann Fust. Uma quantidade significativa foi dada a Gutenberg, mas não foi como o inventor queria. Como o livro não ficou pronto no tempo estipulado, Fust cobrou a devolução do dinheiro judicialmente. Mas mesmo depois de tentativas frustradas de tentar devolver o dinheiro, Gutenberg foi a falência.
Chamada na época de ‘oficina de impressão’, a empresa de Gutenberg ficou sob responsabilidade de Faust e Schöffer, um artesão de tipos que trabalhava com Gutenberg. Por volta de 1456, Faust e Schöffer reproduziram o primeiro livro impresso, chamado de Bíblia. A publicação tinha páginas que continha duas colunas com 42 linhas ao todo e os textos eram de temática religiosa.
Sem nenhuma informação precisa como data ou local de impressão, o livro ficou conhecido como a Bíblia de Fust. Por saberem da injustiça cometida com Gutenberg, popularmente o livro era chamado de Bíblia de Gutenberg.
Os ajustes na invenção de Gutenberg
Para a facilidade de todos, depois da invenção de Gutenberg os processos de impressão não pararam de se atualizar. A litografia surgiu em 1796, outro processo de reprodução de textos em papel, criada pelo austríaco Alois Senefelder. Ainda um processo considerado muito manual, a litografia ganhou uma atualização, anos depois. O alemão Friedrich Koenig criou a impressora de alta velocidade, fruto do entintamento automático.
Um processo que ainda incomodava os donos das ‘oficinas de impressão’ era a troca demorada de papel. Por isso, no início do século XIX, Friedrich Koenig inovou com a impressão cilíndrica. Levando o papel sem esforço até a área de impressão.
Outro alemão, Otto Mergenthaler, desenvolveu em 1884 a chamada linotipia. Sua invenção consistia em uma peça de metal para uma linha com todas as letras. E não mais uma peça de metal para apenas uma letra.
A impressora offset
No século XX, as adaptações chegaram ao processo que é utilizado até hoje pelas gráficas. O offset garante, grandes tiragens com alta qualidade e em diferentes tipos de papéis. O processo permite que o papel passe pela máquina sem nenhum trabalho manual. A intervenção só ocorre nos ajustes de quantidade de tinta.
Partículas de tinta que aderem ao papel por meio de atração elétrica, é o processo que consiste na impressão a laser. A partir disso, as fotocopiadoras foram criadas e com a chegada dos computadores, a impressão digital foi instaurada.
Com a evolução da tecnologia, a matriz digital foi adaptada para quase todos os tipos de impressão conhecidos hoje pelas gráficas. Alta qualidade de impressão, versatilidade e custo reduzido foram algumas das vantagens da impressão digital.
A evolução continua
Lendo toda a história da indústria gráfica, podemos observar que a mudança é algo constante, mas sempre em prol da facilidade. Por isso, podemos concluir que as mudanças não irão parar por aqui. Estar sempre atento as atualizações do mercado e ao comportamento do consumidor é fundamental para se manter firme e atual.
A Helioprint tem o compromisso de oferecer o que há de mais atual e estudar o que ainda está por vir. O online está presente na nossa vida e a tendência é ficar cada vez mais.
Mesmo em meio a crise atual, diretamente a indústria gráfica não sendo considerada diretamente um serviço essencial pela população, enquanto fornecedora ela é de suma importância. Embalagens, rótulos, bulas e outros serviços gráficos essenciais contribuem na indústria farmacêutica, alimentícia, na educação, no agronegócio e assim por diante.
A indústria gráfica é sinônimo de comunicação e principalmente em momentos difíceis é ela quem fica cada vez mais forte.