autor julio
data 07 de julho de 2020

Para auxiliar na desmistificação desses mitos, a Helioprint chamou o engenheiro de produção especialista em tecnologia gráfica e palestrante, Robson Xavier.

Desde a época de Gutenberg a impressão gráfica vem se modificando. Para atender a demanda atualizada dos clientes cada vez mais exigentes, os profissionais esbarram em alguns mitos sobre a indústria gráfica.

Mesmo que as empresas busquem os melhores equipamentos e softwares, a relação expectativa versus realidade deve ser de relevância quando o assunto é impressão gráfica. Há promessas que são consideradas grandes mitos e não podem ser vendidas como verdades para os clientes e para a sua equipe.

Para auxiliar na desmistificação desses mitos, a Helioprint chamou o engenheiro de produção especialista em tecnologia gráfica e palestrante, Robson Xavier. Por meio da empresa Cor e Processo, Robson auxilia empresários e gestores da mídia impressa. Automatização de processos, aumento da produtividade e melhoria da qualidade de impressão gráfica fazem parte do dia-a-dia de Robson.

A conversa com o especialista aconteceu no início de abril no canal da Helioprint no YouTube. Aproveite para se inscrever e receber notificações sobre quando irá acontecer os próximos webinars.

A partir dessa conversa com Robson Xavier, separamos os 4 maiores mitos da indústria gráfica para esclarecê-los e te ajudar a entender um pouco mais sobre cada um deles.

Mito 1: As cores da impressão gráfica fica igual a tela

Ao longo dos anos padrões de cores foram criados para facilitar e democratizar as impressões gráficas. Atualmente os padrões mais utilizados são RGB e CMYK. Os softwares de design gráfico já permitirem que o arquivo seja salvo com o padrão desejado. Mas a falta de conhecimento pode ser um empecilho quando o assunto é expectativa de cores na impressão gráfica.

Antes de ser impressa, a arte foi criada ou copiada e visualizada em uma tela. Seja em um computador de mesa, celular, tablet ou notebook. Apesar de prático, o processo entre ver uma cor na tela e posteriormente em um papel não é tão simples.

Tudo que visualizamos em uma tela, está no padrão de RGB, que constitui a cor a partir das luzes que são projetadas em nossos olhos. Essas cores são vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue). Através desse padrão podemos ver as cores mais “vivas” e antes que gere dúvidas, todas as telas têm como base o RGB.

As cores que visualizamos na impressão, são constituídas através do padrão CMYK. As cores que denominam esse padrão são o ciano (Cyan), magenta (Magenta), amarelo (Yellow) e preto (blacK.)

O confronto entre expectativa e realidade se dá pelo simples fato de que o cliente vê a imagem em RGB, ou seja, na tela. E quando manda imprimir essa arte sai nas cores CMYK. Mesmo que seu cliente tenha a melhor tecnologia em sua tela, as cores serão vistas em RGB.

A promessa de que a impressão terá as cores fidedignas da tela é mito! Portanto, muito cuidado com a expectativa do seu cliente. A linha entre a satisfação e a frustração é muito tênue.

Mito 2: É possível imprimir 90% da escala Pantone

Antes de entender porque é um mito conseguirmos imprimir 90% da escala Pantone, é preciso compreender a importância desse sistema de cores.

Pantone é uma empresa considerada referência no mundo das artes gráficas quando o assunto é cores. A empresa é mundialmente respeitada pela sua tecnologia e reprodução bem sucedida de cores. A Pantone ficou conhecida como um padrão de cores que atualmente é utilizado pelo fabricante, design e até pelo consumidor.  

O sistema de cores da Pantone, é resultado da mistura de diversos pigmentos que dão vida a cores especiais. Como a tabela da Pantone possui uma variedade maior de cores do que o RGB e CMYK, as cores da empresa são consideradas o padrão da indústria.

Sendo assim, como o sistema para impressão das cores é baseado no CMYK, quando um material for impresso não há como chegar a 90% da escala Pantone. Assim como não podemos prometer uma impressão idêntica a tela, pois RGB e CMYK são distintas o mesmo vale para Pantone.

Como o sistema de cores Pantone é extremamente variado e o CMYK é limitado, contendo apenas as cores que já mencionamos acima, não é possível chegar a 90% da escala. Ou seja, mesmo inserindo mais cores ou fazendo junções, depende do ciano, magenta, amarelo e preto para representar pantones. Partindo desse conceito, “podemos afirmar que nosso alcance na impressão é dois terços da escala pantone”, afirma Robson Xavier.

Mito 3: Se você não faz, a outra gráfica faz

Com as explicações dos sistemas de cores e como eles são utilizados para cada processo, conclui-se que essa escala é padrão. Independente do equipamento da gráfica, o sistema de cores é igual. Na tela sempre será RGB, na impressão será CMYK, independente se a forma de impressão seja offset, digital, sublimação, entre outras.

Por isso, a frase “se você não faz, a outra gráfica faz” pode ser uma verdadeira cilada. O cliente final, uma agência ou qualquer tipo de solicitação que seja feita a uma gráfica, terá o resultado partindo de um sistema igualitário de cores. Por tanto, se você não faz, outra gráfica também não irá fazer.

Mito 4: Eu posso imprimir com exatidão as cores que eu vejo com meus olhos

Sabendo que as cores da impressão não ficam iguais as cores que estão na tela, partimos do pressuposto que não podemos imprimir com exatidão o que vemos com nossos olhos. Há uma distinção entre ver cores a olho nu, visualizar na tela e ver em uma impressão.

Quem nunca olhou para o céu no final da tarde, apreciou suas cores amareladas e tirou uma foto para registar o momento? Mas quando olhamos a foto a partir da tela do celular nos decepcionamos? Pois é, nossa capacidade de visualização a olho nu é infinitamente maior que a projeção da imagem em uma tela. Tão pouco uma impressão se igualaria a uma imagem vista a olho nu.

Existem três elementos que podem te auxiliar na compreensão do porquê não podemos imprimir com exatidão as cores que vemos com os olhos.

  • Iluminante: a luz que temos no ambiente e influencia na nossa percepção de cor.
  • Observador: os nossos olhos que enxergam a cor.
  • Objeto: material a ser observado.

Entre esses três elementos os únicos que se modificam é o iluminante e o observador, pois o objeto será sempre o mesmo. Como dependendo da luz e de como está a visão do observador, as percepções podem ser diferentes.

“Com o tempo a nossa capacidade de enxergar muda. Eu, por exemplo, estou usando óculos, então a minha capacidade de enxergar uma cor mudou. Nós não podemos achar que sempre uma diferença de cor está no material. É muito comum que o iluminante seja o responsável”, explica o especialista Robson Xavier.

OKIDATA C911: Para quem mais precisa de alta definição

Velocidade e cores de alta definição são resultados da impressora OKIDATA C911. Ideal para impressões de artes gráficas e documentos de escritórios, a impressora A3 C911 possui um desempenho com velocidade de 50 ppm.

As impressões na OKIDATA C911 permitem uma impressão flexível em papel brilhante, papel de transferência, película e papel à prova de água. Partindo da lógica de cores padrões, a A3 C911 permite uma impressão para agências de publicidade, escolas de design e birôs de impressão.

Restou alguma dúvida sobre o equipamento? Fale com um de nossos especialistas.