Escolher uma impressora para gráfica se tornou uma tarefa difícil hoje em dia.
Afinal, entre dezenas de modelos disponíveis, como encontrar o equipamento certo para o seu negócio?
A resposta desta pergunta é mais fácil do que você imagina, e está ajudando muitas gráficas a crescer rapidamente.
Neste artigo vou mostrar como analisar e escolher um equipamento gráfico de acordo com as suas necessidades, para que você não caia no famoso "papo de vendedor"
.
O que importa ao escolher uma impressora para gráfica?
Às vezes os catálogos das impressoras podem ser assustadores.
Há tanta informação embutida, que a maioria das pessoas pensa que é preciso conhecimento técnico para analisar o equipamento.
Mas elas estão enganadas.
As únicas informações que você realmente precisa são:
- Volume de impressão;
- Formatos suportados;
- Gramatura suportadas;
- Resolução;
- Velocidade (Cor e PB);
- Tecnologia de impressão;
Além disso, precisamos de uma informação muito importante que não está no catálogo.
Essa informação é:
Por que essas informações são tão importantes?
Através delas é possível descobrir exatamente qual é a impressora com o melhor custo-benefício para a sua gráfica, e também analisar se ela irá atender sua demanda atual e futura.
Mas a melhor parte é: Com esse conhecimento, nenhum vendedor vai conseguir empurrar algo que você não precise.
Vale a pena lembrar: As dicas a seguir não servem apenas para escolher impressoras para gráficas rápidas. Se você tem uma gráfica offset, e quer agregar serviços digitais de alta ou baixa tiragem, também pode seguir as mesmas dicas.
1. Verifique se a impressora suporta o seu volume de impressão mensal
No catálogo:
Volume Máximo Mensal (ou semelhante).
Como você deve saber, o volume de impressão é um fator determinante na aquisição de um equipamento gráfico.
Mas será que você sabe como calcular o seu volume de impressão real?
Veja um exemplo prático:
Exemplo de análise de volume de impressão
Vamos imaginar que eu esteja cotando uma nova impressora profissional para minha gráfica.
Essa impressora possui o volume máximo mensal de 90 mil impressões/cópias.
Neste caso, preciso descobrir se o que eu produzo na minha gráfica, por mês, é menor que 90 mil.
Depois de algumas pesquisas eu dezudo que faço:
- A4 PB: 10000;
- A3 PB: 20000;
- A4 Cor: 50000;
50 mil + 20 mil + 10 mil =
80 mil.
Estou dentro do volume suportado?
Não!
A informação sobre volume, na maioria dos catálogos, está no formato A4.
Então, precisamos converter todos os formatos para A4 e refazer a conta.
Conversão: 20 mil A3 = 40 mil A4.
Conta final: 50 mil + 40 mil + 10 mil = 100 mil.
Resultado: Impressora reprovada.
2. Calcule o custo de impressão
No catálogo:
Não existe.
Qualquer empreendedor gráfico sabe que o custo de impressão influencia diretamente nos preços dos produtos.
Normalmente os consultores fazem as contas e passam para o cliente os valores.
Com o que devo me preocupar, então?
Com a depreciação da impressora.
Infelizmente, muitos iniciantes cometem o erro de pensar que o custo de impressão de um equipamento usado é o mesmo de um equipamento novo.
Este é um erro grave.
E o motivo é simples: Todas as impressoras para gráficas possuem peças de desgaste. Quando compramos uma impressora usada, essas peças já rodaram centenas de impressões.
Ou seja, vai ser preciso trocá-las mais cedo, e isso vai impactar diretamente no custo de impressão.
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Não se esqueça:
Se os seus concorrentes possuírem custos menores, eles poderão praticar preços mais competitivos, e, consequentemente, irão conseguir mais clientes.
Precisa de ajuda para calcular? Confira nosso guia e aprenda
como calcular custo de impressão de qualquer impressora.
3. Confira os formatos suportados pela impressora
No catálogo:
Tamanhos de saída do papel, ou procure pelas
gavetas e
outras saídas, pois elas informam os formatos disponíveis.
Você produz em quais formatos de papel?
A2, A3, A4 e A5?
Neste caso, verifique se a impressora que você procura atende esses requisitos.
Pode parecer óbvio, porém, um simples descuido pode fazer com que você compre o equipamento errado.
Dica extra: Faça testes nas impressoras para verificar se a qualidade e a velocidade, em todos os formatos, atendem sua expectativa.
4. Certifique-se que a impressora trabalha com as gramaturas necessárias
No catálogo:
g/m²
Alguns vendedores tentam empurrar máquinas gráficas que prometem rodar altas gramaturas
Porém...
Quando essas máquinas são colocadas à prova, perdem velocidade e qualidade rapidamente.
Qual é a solução para este problema?
Faça testes nas impressoras para garantir elas conseguem manter a velocidade e qualidade constante, mesmo com grandes filas de impressão.
E não se esqueça de um detalhe super importante: No catálogo, cada alimentador de papel tem sua própria especificação de gramatura.
Por exemplo:
- Gavetas: 52 a 220 g/m²
- Bypass 52 a 256 g/m²
- Duplex: 52 a 220 g/m²
5. Avalie a resolução que a impressora alcança
No catálogo:
DPI
DPI é a sigla de "Dot per Inch", ou pontos por polegada.
Quanto maior for o DPI, mais tinta será jogada em uma polegada.
Ou seja:
DPI = qualidade de impressão.
Se você precisa, ou pretende imprimir arquivos que exijam muita qualidade, procure equipamentos com DPI alto, como, por exemplo, 1200x1200.
6. Verifique se a velocidade de impressão atende sua demanda
No catálogo:
PPM
A velocidade de impressão pode variar entre o colorido e o preto e branco.
Confira se a velocidade de todos os formatos e cores estão dentro da realidade do seu negócio.
Também é possível verificar, em alguns casos, a velocidade das cópias, separadamente.
Curiosidade: "PPM" significa Páginas Por Minuto.
7. Pesquise a tecnologia da cabeça de impressão
No catálogo:
Não existe. Fale com seu consultor para saber mais.
A cabeça de impressão é responsável por despejar a tinta no papel. É a peça mais cara e mais importante de uma impressora gráfica.
As tecnologias de cabeça de impressão mais conhecidas e populares da indústria gráfica são:
A diferença entre essas tecnologias é enorme, por isso é preciso entender bem como cada uma funciona.
Quer um exemplo?
Grandes plotters de impressão possuem tecnologia jato de tinta, e trabalham com tintas pigmentadas e corantes. São bastante usadas em projetos de engenharia e arquitetura, e reprodução de fine art.
Já as impressoras laser (pequenas ou grandes) para gráficas, trabalham com tintas em pó, e, devido a alta qualidade, velocidade e versatilidade, atendem a maioria dos trabalhos gráficos.
8. Análise de investimento
A maioria das pessoas, principalmente nas gráficas de pequeno porte, juntam dinheiro para comprar uma impressora sem considerar o lucro que o novo investimento vai gerar.
Isto é um erro.
A verdade é que, se há necessidade de comprar uma impressora, há demanda.
Se há demanda, há faturamento.
Se o seu faturamento é insuficiente para pagar o equipamento e obter lucro, provavelmente você está com problemas administrativos ou produtivos.
Dica: Confira
10 dicas de como administrar uma gráfica.
Lembre-se que uma das características mais fortes do mercado gráfico é o rápido retorno sobre o investimento. Isto acontece porque o valor agregado nos produtos gráficos é extremamente alto.
Use isso a seu favor!
É assim que as gráficas mais inteligentes investem seu dinheiro para crescer rapidamente.