autor julio
data 04 de abril de 2018

Escolher uma impressora para gráfica se tornou uma tarefa difícil hoje em dia.

Afinal, entre dezenas de modelos disponíveis, como encontrar o equipamento certo para o seu negócio?

A resposta desta pergunta é mais fácil do que você imagina, e está ajudando muitas gráficas a crescer rapidamente.

Neste artigo vou mostrar como analisar e escolher um equipamento gráfico de acordo com as suas necessidades, para que você não caia no famoso “papo de vendedor”.

O que importa ao escolher uma impressora para gráfica?

Às vezes os catálogos das impressoras podem ser assustadores.

Há tanta informação embutida, que a maioria das pessoas pensa que é preciso conhecimento técnico para analisar o equipamento.

Mas elas estão enganadas.

As únicas informações que você realmente precisa são:

  • Volume de impressão;
  • Formatos suportados;
  • Gramatura suportadas;
  • Resolução;
  • Velocidade (Cor e PB);
  • Tecnologia de impressão;

Além disso, precisamos de uma informação muito importante que não está no catálogo.

Essa informação é:

  • Custo de impressão.

Por que essas informações são tão importantes?

Através delas é possível descobrir exatamente qual é a impressora com o melhor custo-benefício para a sua gráfica, e também analisar se ela irá atender sua demanda atual e futura.

Mas a melhor parte é: Com esse conhecimento, nenhum vendedor vai conseguir empurrar algo que você não precise.

Vale a pena lembrar: As dicas a seguir não servem apenas para escolher impressoras para gráficas rápidas. Se você tem uma gráfica offset, e quer agregar serviços digitais de alta ou baixa tiragem, também pode seguir as mesmas dicas.

1. Verifique se a impressora suporta o seu volume de impressão mensal

No catálogo: Volume Máximo Mensal (ou semelhante).

Como você deve saber, o volume de impressão é um fator determinante na aquisição de um equipamento gráfico.

Mas será que você sabe como calcular o seu volume de impressão real?

Veja um exemplo prático:

Exemplo de análise de volume de impressão

Vamos imaginar que eu esteja cotando uma nova impressora profissional para minha gráfica.

Essa impressora possui o volume máximo mensal de 90 mil impressões/cópias.

Neste caso, preciso descobrir se o que eu produzo na minha gráfica, por mês, é menor que 90 mil.

Depois de algumas pesquisas eu dezudo que faço:

  • A4 PB: 10000;
  • A3 PB: 20000;
  • A4 Cor: 50000;

50 mil + 20 mil + 10 mil = 80 mil.

Estou dentro do volume suportado?

Não!

A informação sobre volume, na maioria dos catálogos, está no formato A4.

Então, precisamos converter todos os formatos para A4 e refazer a conta.

Conversão: 20 mil A3 = 40 mil A4.

Conta final: 50 mil + 40 mil + 10 mil = 100 mil.

Resultado: Impressora reprovada.

2. Calcule o custo de impressão

No catálogo: Não existe.

Qualquer empreendedor gráfico sabe que o custo de impressão influencia diretamente nos preços dos produtos.

Normalmente os consultores fazem as contas e passam para o cliente os valores.

Com o que devo me preocupar, então?

Com a depreciação da impressora.

Infelizmente, muitos iniciantes cometem o erro de pensar que o custo de impressão de um equipamento usado é o mesmo de um equipamento novo.

Este é um erro grave.

E o motivo é simples: Todas as impressoras para gráficas possuem peças de desgaste. Quando compramos uma impressora usada, essas peças já rodaram centenas de impressões.

Ou seja, vai ser preciso trocá-las mais cedo, e isso vai impactar diretamente no custo de impressão.

https://www.youtube.com/watch?v=CEnNFixEJLs

Não se esqueça:

Se os seus concorrentes possuírem custos menores, eles poderão praticar preços mais competitivos, e, consequentemente, irão conseguir mais clientes.

Precisa de ajuda para calcular? Confira nosso guia e aprenda como calcular custo de impressão de qualquer impressora.

3. Confira os formatos suportados pela impressora

No catálogo: Tamanhos de saída do papel, ou procure pelas gavetas e outras saídas, pois elas informam os formatos disponíveis.

Você produz em quais formatos de papel?

A2, A3, A4 e A5?

Neste caso, verifique se a impressora que você procura atende esses requisitos.

Pode parecer óbvio, porém, um simples descuido pode fazer com que você compre o equipamento errado.

Dica extra: Faça testes nas impressoras para verificar se a qualidade e a velocidade, em todos os formatos, atendem sua expectativa.

4. Certifique-se que a impressora trabalha com as gramaturas necessárias

No catálogo: g/m²

Alguns vendedores tentam empurrar máquinas gráficas que prometem rodar altas gramaturas

Porém…

Quando essas máquinas são colocadas à prova, perdem velocidade e qualidade rapidamente.

Qual é a solução para este problema?

Faça testes nas impressoras para garantir elas conseguem manter a velocidade e qualidade constante, mesmo com grandes filas de impressão.

E não se esqueça de um detalhe super importante: No catálogo, cada alimentador de papel tem sua própria especificação de gramatura.

Por exemplo:

  • Gavetas: 52 a 220 g/m²
  • Bypass 52 a 256 g/m²
  • Duplex: 52 a 220 g/m²

5. Avalie a resolução que a impressora alcança

No catálogo: DPI

DPI é a sigla de “Dot per Inch”, ou pontos por polegada.

Quanto maior for o DPI, mais tinta será jogada em uma polegada.

Ou seja: DPI = qualidade de impressão.

Se você precisa, ou pretende imprimir arquivos que exijam muita qualidade, procure equipamentos com DPI alto, como, por exemplo, 1200×1200.

6. Verifique se a velocidade de impressão atende sua demanda

No catálogo: PPM

A velocidade de impressão pode variar entre o colorido e o preto e branco.

Confira se a velocidade de todos os formatos e cores estão dentro da realidade do seu negócio.

Também é possível verificar, em alguns casos, a velocidade das cópias, separadamente.

Curiosidade: “PPM” significa Páginas Por Minuto.

7. Pesquise a tecnologia da cabeça de impressão

No catálogo: Não existe. Fale com seu consultor para saber mais.

A cabeça de impressão é responsável por despejar a tinta no papel. É a peça mais cara e mais importante de uma impressora gráfica.

As tecnologias de cabeça de impressão mais conhecidas e populares da indústria gráfica são:

  • Laser;
  • Jato de tinta.

A diferença entre essas tecnologias é enorme, por isso é preciso entender bem como cada uma funciona.

Quer um exemplo?

Grandes plotters de impressão possuem tecnologia jato de tinta, e trabalham com tintas pigmentadas e corantes. São bastante usadas em projetos de engenharia e arquitetura, e reprodução de fine art.

Já as impressoras laser (pequenas ou grandes) para gráficas, trabalham com tintas em pó, e, devido a alta qualidade, velocidade e versatilidade, atendem a maioria dos trabalhos gráficos.

8. Análise de investimento

A maioria das pessoas, principalmente nas gráficas de pequeno porte, juntam dinheiro para comprar uma impressora sem considerar o lucro que o novo investimento vai gerar.

Isto é um erro.

A verdade é que, se há necessidade de comprar uma impressora, há demanda.

Se há demanda, há faturamento.

Se o seu faturamento é insuficiente para pagar o equipamento e obter lucro, provavelmente você está com problemas administrativos ou produtivos.

Dica: Confira 10 dicas de como administrar uma gráfica.

Lembre-se que uma das características mais fortes do mercado gráfico é o rápido retorno sobre o investimento. Isto acontece porque o valor agregado nos produtos gráficos é extremamente alto.

Use isso a seu favor!

É assim que as gráficas mais inteligentes investem seu dinheiro para crescer rapidamente.